28 dezembro 2011

Tristeza Pertubadora

Conquanto brilhe o sol da oportunidade feliz, abrindo campo para a ação e para a paz, a sombra teimosa da tristeza envolve-te em injustificável depressão. 

Gostarias de arrancar das carnes da alma este espinho cravado que te faz sofrer, e, por não o conseguires, deixas-te abater. 

Conjecturas a respeito da alegria, do corpo jovem, dos prazeres convidativos, e lamentas não poder fruir tudo quanto anelas. 

A tristeza, porém, é doença que, agasalhada, piora o quadro de qualquer aflição. 

A sua sombra densa altera o contorno dos fatos e das coisas, apresentando fantasmas onde existe vida e desencanto no lugar em que está a esperança. 

Ela responde pela instalação de males sutis que terminam por desequilibrar o organismo físico e a maquinaria emocional. 

Luta contra a tristeza, reeducando-te mentalmente. 

Não dês guarida emocional às suas insinuações. 

Ninguém é tão ditoso quanto supões ou te fazem crer. 

A Terra é o planeta-escola de aprendizes incompletos, inseguros. 

A cada um falta algo, que não conseguirá conquistar. 

Resultado do próprio passado espiritual, o homem sente sempre a ausência do que malbaratou. 

A escassez de agora é conseqüência do desperdício de outrora. 

A aspiração tormentosa é prova a que todos estão submetidos, a fim de que valorizem melhor aquilo de que dispõem e a outros falta. 

Lamentas não ter algo que vês noutrem, todavia, alguém ambiciona o que possuis e não dás valor. 

Resigna-te, pois, e alegra-te com tudo quanto te enriquece a existência neste momento. 

Aprende a ser grato à vida e àqueles que te envolvem em ternura, saindo da tristeza pertinaz para o portal de luz, avançando pelo rumo novo. 

Jesus, que é o "Espírito mais perfeito" que veio à Terra, sem qualquer culpa, foi incompreendido, embora amando; traído, apesar de amar, e crucificado, não obstante amasse... 

Desse modo, sorri e conquista o teu espaço, esquecendo o teu espinho e arrancando aquele que está ferindo o teu próximo. 

Oportunamente, descobrirás que, enquanto te esqueceste da própria dor, lenindo a dos outros, superaste-a em ti, conseguindo a plenitude da felicidade, que agora te rareia. 


Joanna de Ângelis / Divaldo Franco

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