25 setembro 2010

Joanna de Ângelis





A exteriorização do psiquismo divino 
pode ser 
considerada como o Amor que 
tudo cria e vitaliza.

Por essa razão, o 
Apóstolo João 
afirmava que Deus é amor.

No universo, ele se expressa 
como a 
força da atração e reação gravitacional, 
manifestando- se em 
diferentes leis que 
sustentam o equilíbrio das Galáxias.

No reino 
mineral, ele é a energia que 
aglutina as moléculas e as mantém unidas, 

aparentemente insensíveis, nas quais 
dormem os elementos vitais, que 

desabrocharão na sucessão dos milênios.

No reino vegetal, encontra-se 
como a 
sensibilidade embrionária, que desperta, 
a pouco e pouco, 
adquirindo os pródomos 
das porvindouras sensações.

No reino animal, 
converte-se na percepção 
e conquista do instinto que preserva a 
vida, 
estabelecendo os primeiros vínculos 
sociais, gregários, em grupos, em 

sociedades da mesma espécie, antecipando 
os passos do porvir.

No 
reino hominal, é o sentimento que se 
expande, manifestando- se em forma de 

proteção no clã: maternal, paternal, 
fraternal, nacional, para 
generalizar- se 
na comunidade, em ensaios eloqüentes 
para o 
universal...

Sem o amor, a vida não existiria, e, 
mesmo que a Lei da 
Criação estabelecesse 
os fenômenos vitais, faltaria o élan de 

sustentação das formas e dos seres 
existenciais.

Quando o amor 
vige, tudo respira paz, e 
a alma dos homens e das coisas adquire 
beleza, 
crescendo para a plenitude.

Na montanha, o canto das bem-aventuranças, 

proferido por Jesus, é o mais belo poema 
que a Humanidade jamais 
escutou, em forma 
de exaltação da verdade, da justiça, dos 
valores 
morais, das virtudes. No Calvário, 
porém, cuja trajetória tem início na 

entrada triunfal em Jerusalém, o Mestre 
viveu-o intensamente, por 
conhecer a 
imaturidade psicológica e evolutiva 
daqueles que O aplaudiam, 
a princípio, 
para depois O levarem à Crucificação.

O amor 
impregnou-Lhe a vida em todos os 
momentos do mistério, tornando-O, então, 

o símbolo mais perfeito de que se tem 
notícia, a respeito desse hálito 
da Vida, 
que é o Amor.

Nas estradas da Úmbria, em renúncia 

comovedora, Francisco de Assis desfraldou 
a bandeira do amor e 
penetrou-se desse 
sentimento, de tal modo que se casou com 
a senhora 
pobreza, tomando, como seus 
irmãos, os animais, as águas, o Sol, a Lua, 

a natureza, que decantou em hinos de 
incomparável beleza. Na solidão da 

Porciúncula, onde morreu, foi o amor que 
irradiou que o tornou mais 
sublime símile 
do Amigo Divino, a Quem imitava.

Nos dolorosos 
testemunhos das enfermidades, 
Teresa de Ávila encontrou no amor do Mestre, 

o seu divino noivo, a força, a coragem e 
a esperança para ser fiel ao 
mandato de 
abnegação, tornando-se sábia e exemplo da 
plena comunhão com 
o pensamento do seu 
Amado.

Pasteur, por amor à Humanidade, 
entregou-
se aos exaustivos labores de pesquisa, e 
libertou os seres de 
males e misérias que 
os dizimavam.

Marie Curie, vitimada pelo câncer 
contraído 
nas experiências radioativas, prosseguiu, 
abnegada, e abriu à 
Física Nuclear 
horizontes dantes jamais sonhados, por amor 
à 
Ciência.

Miguel Ângelo interpretou em cores as 
visões transcendentes, 
com sacrifícios e 
sob incompreensões terríveis, por amor à 

arte.

Dante, por amor a Beatriz, compôs a imortal 
Divina Comédia, 
colocando em cantos de 
incomum beleza as visões psíquicas de que 
era 
objeto, para engrandecimento dos homens.

O amor está presente em tudo - 
sem sua 
vigência se volveria ao caos da origem, que 
o Amor organizou e 
deu direcionamento.

Somente quando se ama é que se alcança o 
fanal da 
existência.

Quando o ser humano permitir que o amor o 
ilumine e o 
mantenha, alcançará o patamar 
da angelitude e avançará com segurança no 

rumo do Divino Amor.

Assim sendo, o amor é a expansão do Divino 

Psiquismo, e sem ele nada existe.

Joanna de Ângelis

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