TRÊS REFLEXÕES ESPÍRITAS
POR QUE DEVEMOS NOS SENTIR MOTIVADOS
A TRABALHAR NA DIFUSÃO DO ESPIRITISMO
- UMA BREVE REFLEXÃO -
DO CREDO
“Fé inquebrantável só é aquela que consegue encarar face-a-face a razão, em todas as épocas da Humanidade”.
O caráter dominante em toda a sistemática espírita são a lógica, o raciocínio dedutivo, o bom-senso. A Doutrina Espírita foi forjada pelas ferramentas da observação científica rigorosa. Kardec deu toda autoridade à ciência para que ela, provado o erro, contestasse os ensinamentos espíritas no que dizem respeito à alçada da ciência, materialista portanto. Em relação aos problemas do Espírito, só o Espiritismo os tem à conta. Por quê? Porque a ciência espírita foi o primeiro passo na construção deste edifício. A pertinente frase do Espírito Verdade, amai-vos e instruí-vos, nos soa também como uma exortação ao conhecimento racional. Nada deve o Espiritismo aos outros credos, frutos da revelação divina, da tradição, da iluminação mística, etc. Porquanto, só o Espiritismo começou ciência para desenvolver sua filosofia e, consequentemente, optar pelo resgate à moral cristã verdadeira. O exercício de fé do espírita deve, e sempre, dialogar com a razão, de forma a conservar a pureza da verdade.
DA PRÁTICA
“Fora da Caridade não há salvação”.
A moral cristã, ressuscitada pelo Espiritismo em sua pureza, não é mera contemplação mecânica e simples adoração a Deus, é, antes, um exercício continuado de aperfeiçoamento do Espírito, ser individual e inteligente, que é imortal. Caridade normalmente pressupõe esmola, doação de bens, um momento particular de auxílio aos pobres, doentes e estropiados, e mais nada; o Espiritismo potencializa o significado do termo aplicando-lhe as características de Benevolência para com todos, Indulgência para com as imperfeições alheias e Perdão das ofensas. Apreendida em sua pureza, a ideia de Caridade preenche todas as dimensões da vida, porque não é mais um exercício em particular e eventual, mas habitual e cotidiano. As velhas fórmulas de salvação da alma desmancham-se frente a esse raciocínio. Não importa mais o culto externo, no sentido de aparatos e meios de alcançar a salvação, de manifestar uma boa intenção apenas aparentemente, de pintar-se de branco e continuar sujo por dentro. Se o Cristo submeteu-se aos mais dolorosos embates no campo do exemplo para testemunhar a Verdade, é porque quis nos dizer que é no exemplo que encontraremos o Caminho, a Verdade e a Vida.
DA ESPERANÇA
“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei”.
Os Espíritos habitam os espaços infinitos, em comunhão entre si. Consciente ou inconscientemente trabalham, porque tudo em o Universo se encandeia, tem um sentido e um propósito. Na sua gênese, o princípio espiritual é simples e ignorante, mas carrega inesgotáveis mananciais de crescimento e aprimoramento. Ora, sendo infinito o Universo e eterno o Tempo também a evolução espiritual é incessante. Supor que em determinado ponto da nossa jornada evolutiva fôssemos impedidos de ir mais além é admitir a estagnação do desenvolvimento do Espírito o que é uma anulação do propósito e objetivo de tudo. As reencarnações materiais, mais do que processos de sofrimento e dor são a pura, por assim dizer, dialética espiritual, ao encontro de uma síntese mais perfeita do Espírito. A lei de Deus atende a todas as esferas da vida.
- O -
Tendo em conta estas singelas reflexões, devemos nos sentir convidados e motivados ao trabalho desinteressado nas fieiras espíritas porque o conhecimento ampliar-nos-á a responsabilidade, consolidando-nos o mérito. A divulgação do Espiritismo de forma correta, seguindo os preceitos da lógica, estimulando sua prática e exaltando o quão consolador é para todas as criaturas, é dever intransferível de todos os espíritas.
Pedro Jorge
Fraternidade Espírita Casa do Caminho
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