“Segui-me e eu vos farei pescadores de homens.” (Mateus: 4-19.) Não há outra alternativa: seguir Jesus ou atormentar-se. Ao Seu lado a estrada apresentará os mesmos calhaus e cardos, sob sol ardente ou granizo forte na quadra hibernal. As dificuldades não serão menos rudes e os sacrifícios em crescendo não diminuirão de improviso. Renúncia e testemunhos à Verdade far-se-ão necessários a cada passo, de modo a exalçar a qualidade da Mensagem de que te fazes intermediário. Semeando estrelas serás convidado a clarificar trevas, sofrendo no mister as condições de tempo e lugar onde deves agir. Adversários de ontem e antipatizantes de hoje se darão as mãos numa cruzada severa e tirânica em oposição aos ideais nobremente acalentados. Os primeiros, reencarnados ou não, conhecem-te as limitações e as desditas pretéritas em que te arrimavas: não crêem na tua renovação atual. Os segundos, impossibilitados de alçarem vôos soberanos contigo, vitimados pela imperícia, sentir-se-ão mal ante a primavera das tuas aspirações, marchando, sutis uns, violentos outros de encontro às elevadas cogitações que te arrebatam. Diante d’Ele não menores são as tribulações. Amplia-se o campo a joeirar e a dor envolvente não tem consolo. Em Jesus, no entanto, encontrarás segurança e sustentação. Sem Ele experimentarás o vazio da soledade e o desespero da inutilidade. O Evangelho é clima de paz em permanente efusão de esperança. O mundo é só oportunidade. O que ora não colimes, lobrigarás depois. O que hoje escasseie, amanhã abundará. Despoja-te das dispensáveis indumentárias da ambição terrena. A jornada pela Terra objetiva aprendizagem, renovação. Tornarás à vida verdadeira concluído o curso. E volverás com o resultado das experiências felizes ou desditosas que acumulares enquanto no curso da oportunidade. Não te agastes face aos problemas naturais, que sejam decorrentes da tua filiação ao Evangelho. Sábio é o homem que discerne melhor, fazendo opções elevadas: trocando o transitório de agora pelo permanente de sempre. No corpo tudo passa, e rapidamente passa. Apenas as realizações se fixam como convites ao retorno reparador ou concitações a estágios mais altos. Faze-te pescador de almas. Atirando as redes no mar dos homens, recolhê-los-ás, aqueles que padecem e anelam paz, felicitado pela inefável companhia do Cristo, o Sublime Pescador que até hoje, pacientemente, espera colher-nos nas malhas do Seu pulcro amor. | |
Divaldo Pereira Franco / Joanna de Ângelis / Livro: Convites da Vida
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