19 outubro 2011

CONVITE AO BEM


“Assim como quereis que vós façam os homens, assim fazei vós também a eles.” (Lucas: 6-31.)

A problemática do sofrimento humano, na atualidade, pouco difere das velhas injunções que vêm anatematizando o homem, e por cujo meio o espírito expunge os equívocos e ascende a pouco e pouco na direção do Infinito. Enxameiam em todo lugar multidões de padecentes experimentando amarguras sem nome, sob o guante de inenarráveis condições de miséria orgânica, social e moral... Não apenas nas colossais metrópoles modernas, em que se aglutinam milhões de criaturas, mas também, nas pequenas cidades, nos insignificantes burgos, nos campos... Palácios suntuosos e chaças misérrimas diferem na paisagem arquitetônica, igualando-se freqüentemente nas estruturas daqueles que os habitam. Isto porque o sofrimento independe das condições externas sempre transitórias e de pouca valia. As necessidades reais, que engendram a dita como o infortúnio, sempre decorrem do espírito. Por essa razão, sem descuidar dos auxílios ao corpo e ao grupo humano com o indispensável sustento imediato para a vida honrada em condição de dignidade, o convite ao bem nos impele à iluminação da consciência, sobretudo, de modo a erradicar as questões constringentes que fomentam a miséria e os desajustes de toda ordem. 
Esparze misericórdia pela estrada por onde segues, estendendo o socorro geral; simultaneamente esclarece e consola para que a semente do bem que consigas plantar numa vida se transforme em gleba feliz pelo tempo futuro afora.

 
 Divaldo Pereira Franco / Joanna de Ângelis / Livro: Convites da Vida

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