15 outubro 2011

TRANQÜILIDADE


CONVITE À TRANQÜILIDADE.
“E procurai viver tranqüilamente...” (I Ts.: 4-11.)

Mais produz quem o faz com equilíbrio. Melhor ajuda aquele que coopera com tranqüilidade. Maior eficiência a que decorre da ação paciente, constante. A tranqüilidade, por essa razão, em todos os momentos da vida é de salutar necessidade. Vivendo sob condicionamentos decorrentes da violência que se espraia por toda parte, o homem, convidado a decisões e atitudes, raramente age impulsionado pela tranqüilidade que reflexiona, inspirando diretrizes de segurança. O impacto resultante da alta carga de informações de variada ordem que o assalta, através dos veículos de comunicação, leva-o a reagir, no que incide em precipitadas resoluções de conseqüências poucas vezes felizes. Acoimado por necessidades imediatas, no imenso campo das competições, à revelia da vontade, exaspera-se por nonadas, intoxicando-se, em regime de demorado curso, até a exaustão ou o desequilíbrio total, na rampa da alucinação. Diz-se que manter a tranqüilidade ante a injustiça, face às surpresas desagradáveis que nos assaltam, sob condições inesperadas é de todo impossível... Não é verdade, porém. Mister, bem se depreende, facultar condições para que vicejem as expressões da paciência no coração e na mente, em perene tranqüilidade. Para esse desiderato, deve o homem confiar em Deus plenamente, entregando-Lhe a vida e deixando-se conduzir. Consciente de que todo mal aparente redunda num bem real e que toda aflição faculta resgate de dívida passada, nenhuma conjuntura infeliz consegue alterar o ritmo da tranqüilidade interior. Mesmo quando experimentando sofrimento, tal estado não conduz à rebeldia, à desesperação, à deserção. O estudo das “leis de causalidade”, a que se refere a Doutrina Espírita, a pouco e pouco esclarece o entendimento humano, consolidando convicções em torno da Divina Justiça, que estabelece as linhas do destino e da vida de modo a felicitar o espírito na jornada evolutiva; o exercício da vontade bem dirigida, mediante pequenos esforços, constantes disciplinas, necessárias continências; a meditação como norma de elevação dos pensamentos e cultivo das idéias superiores; a oração que faculta o estabelecimento da ponte entre o “eu propínquo” dos homens e o “Tu longinquo”, porém próximo da Divindade são métodos excelentes para a aquisição da tranqüilidade. Em qualquer situação mantém a tranqüilidade e não te desesperes. Muitas vezes parece que o auxílio divino te chegará tardiamente. Logo após, fazendo revisão das ocorrências, constatará que o socorro celeste sempre chega “dez minutos antes” da hora grave, resolvendo o problema. Persevera, pois, em tua tranqüilidade sempre.
 
 Divaldo Pereira Franco / Joanna de Ângelis / Livro: Convites da Vida

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