23 junho 2012

Convite ao Recato


“... Nenhuma coisa é em si impura; a não ser para aquele que a tem
como tal, para esse ela é impura.” (Romanos: capítulo 14º, versículo 14.)
 
Atormentados, não conseguem distinguir as fronteiras que existem entre o estético e o ridículo, ultrapassando-as a largos passos, de modo a mergulharem nos fundos fossos da esquisitice.
Afirmando a elaboração de uma conduta realista, fingem contestar o
passado, alienando-se, a princípio, das linhas do equilíbrio, e, marginalizados, em conseqüência, estrugem em rebelião anárquica, em avanço irreversível quase pelos corredores da alucinação.
Fisicamente bem modelados creem-se protótipos de novos cometimentos e supõem-se biótipos hoje das faturas formas da Humanidade.
Alguns são realmente idealistas e sonham com novos padrões de ética e justiça social, de fraternidade e amor através de cujas fórmulas se beneficiariam todos os homens. Aturdidos, porém, pelo tumulto tecnológico e a desenfreada luta competitiva na esfera da Comunicação, facultam-se fascinar pelas aberrações e fossilam nos pauls da sexolatria desvairada e da toxicomania infeliz, absorvidos pelo poder de todos os disparates da razão ultrajada.
Transformam-se em líderes de outros insanos.
Padronizam comportamento e afrontam os valores da dignidade, da honradez, mediante sarcasmo contumaz, desprezo sistemático à ordem e às expressões da saúde moral, social..
Estão destruindo, apregoam, para construírem depois.
Faltam-lhes, porém, programas, ideais.
Estereotipados pelos sofismas materialistas, embora aparentem crer em Deus e no espírito imortal, apenas aparentam, pois desmentem qualquer religiosidade, mediante a vida por que se deixam consumir.
A pretexto de modernismo não te desequilibres.
O recato é atitude moral indispensável a uma vida sadia, normal.
Não que o traje seja fator de corrupção.
Ocorre que a sua ausência faculta conúbios mentais desditosos entre os que não conseguem ver com discernimento, e enseja mais amplas possibilidades de atentados ao pudor.
Preconizava o Converso de Damasco na sua memorável epístola aos Romanos que uma coisa somente é “impura para aquele que a tem como tal”.
Como o espírito humano se demora, por enquanto, nas faixas inferiores de onde procede, em cujos limites por ora se compraz, com algumas exceções, fácil lhe é ver tudo através das lentes escuras da animalidade, estimulando-se ao influxo das atrações do sexo em desgoverno, a dominar quase todos os departamentos da Terra...
Não só no trajar o recato se impõe. Nos diversos labores e situações da vida o recato, a morigeração, a ordem têm regime de urgência para que o homem consiga haurir a porvindoura felicidade que lhe está destinada desde hoje.
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco - Livro: Convites da Vida.

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