Se o doente solicita receita e não aplica o remédio.
Se o aluno fichado na escola não lhe frequenta as aulas.
Se o viajante necessita chegar à estação, com passagem adquirida, e não toma o comboio.
Se o lavrador inicia a plantação e larga o trabalho à conta do vento.
Não culpe o médico, não acuse o professor, não reprove a condução, nem malsine a terra.Assim também, o
Espiritismo, junto de nós, quando lhe conhecemos os sagrados objetivos, sob a direção de Jesus.
Se nos reconhecemos necessitados de melhoria, se aspiramos à luz, se temos sede de paz, se queremos felicidade
e não nos dispomos a usá-lo, em nós, por instrumento da própria renovação, não nos queixemos senão de nós
mesmos.
No justo momento em que:
o fracasso lhe atropele o carro da esperança;
o apoio habitual lhe falte à existência;
a ventania da advertência lhe açoite o Espírito;
a aflição se lhe intrometa nos passos;
a tristeza lhe empane os horizontes;
a solidão lhe venha fazer companhia;
no momento justo, enfim, em que a crise ou a angústia, a
sombra ou a tribulação se lhe façam mais difíceis de
suportar, não chore e nem esmoreça.
A água pura a fim de manter-se pura é servida em taça vazia.
A treva da meia-noite é a ocasião em que o tempo dá sinal de partida para nova alvorada.
Por maior a dificuldade, jamais desanime.
O seu pior momento na vida é sempre o instante de melhorar.
Assim, o espiritismo nos dá a finalidade do nosso viver e a estratégia, o método, a maneira do como viver para
alcançarmos o desenvolvimento possível.
Mostra-nos que não podemos nos tornar anjos, em poucos anos, mas devemos e podemos viver, visando o ideal
da melhoria constante, dentro das nossas possibilidades reais, as quaiscostumamos subestimar.
O espiritismo define, com precisão, a responsabilidade de cada um no seu processo evolutivo. Sempre há a ajuda
dos Espíritos desencarnados e encarnados, mas a decisão e a tarefa desse desenvolvimento pertencem a cada
filho de Deus.
(Albino Teixeira/Francisco C. Xavier, in Caminho Espírita)
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