21 agosto 2011

O SEXO


O Sexo. Face à vulgarização das falsas necessidades sexuais, aturdes-te, perdendo o rumo do comportamento. Apelos vis se apresentam nos veículos de comunicação de massa, e os comentários descem a expressões chulas, regadas de baixezas, fazendo do sexo um instrumento de servilismo que o leva a situação mais grotesca do que a animal, de onde procede. Até certo modo, é compreensível a moderna reação cultural, a esse respeito, como conseqüência aos séculos de ignorância e proibição. Todavia, substituir-lhe a função precípua pela malversação danosa é lamentável para o próprio homem. O sexo é para a vida, e não esta para aquele. Diante das atitudes insensatas e das conotações servis a que está levada a função genésica, dirige-a, tu, com equilíbrio, a fim de que o seu desregramento não te conduza à alucinação. O sexo foi colocado abaixo do cérebro para ser por este conduzido. Posto na cabeça pela revolução dos frustrados, ei-lo transformado em peça principal do corpo, em detrimento da própria vida. Conduze-o com equilíbrio, a fim de que não derrapes na sofreguidão que enlouquece, sem resolver o problema. 
 
 Divaldo Pereira Franco / Joanna de Ângelis / Livro: Episódios Diários

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