31 outubro 2011

CONVITE À CALMA.

“Não resistais ao mal que vos queiram fazer.” (Mateus: 5-39.)

O espinho do ciúme vence-a; o estilete da ira dilacera-a; o ácido da inveja a corroer os vapores do ódio enlouquecem-na; a agressão da calúnia despedaça-a; o tóxico da maledicência perturba-a; a rama da suspeita inquieta-a; o petardo de censura fere-a; as carregadas tintas do pessimismo tisnam-na se o cristão decidido não se resolve mantê-la a qualquer preço. Não importa que exsudes, agoniado, em quase colapso periférico, ou estejas com a pulsação alterada, ou, ainda, sofras o travo do amargor nos lábios. Imprescindível não precipitares, nem conclusões aligeiradas, nem desesperações injustificáveis. Não nos reportamos à posição inerme, à aparência, pois o pântano que parece tranqüilo é abismo, reduto de miasmas e morte traiçoeira. Aludimos a um espírito confiante, fixado nas diretrizes do Cristo, sem receios íntimos, sem ambições externas. Equilibrado pela reflexão, possuidor de probidade pela ponderação.
 Calma significa segurança de fé, traduzindo certeza sobre a Justiça Divina. Ante o dominador tíbio que lavava as mãos, em referência à Sua vida, Jesus se fez o símbolo da calma integral e da absoluta certeza da vitória da verdade. Cultiva, portanto, os sentimentos e mantém os propósitos edificantes. Perceberás, surpreso, que as atitudes dos maus não te atingirão, facultando-te através da calma não resistir ao mal que te queiram fazer, conforme lecionou o Senhor, porquanto a integridade da fé em exteriorização de calma dar-te-á forças para vencer as próprias limitações e prosseguir resolutamente, em qualquer circunstância.
 
 Divaldo Pereira Franco / Joanna de Ângelis / Livro: Convites da Vida

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