31 outubro 2011

CONVITE À PACIÊNCIA

... Em muita paciência, em aflições, em necessidades, em angústias.” (II Coríntios: 6-4.)
 
Antiga lenda nórdica narra que alguém perguntou a um sábio como poderia ele explicar a eternidade do tempo e do espaço. O missionário meditou, e apontando colossal montanha de granito que desafiava as alturas, respondeu com simplicidade: “Suponhamos que uma avezita se proponha a desbastar a rocha imponente, paulatina, insistentemente, atritando o bico de encontro à pedra. Quando houver destruído tudo, estará apenas iniciando a eternidade...” A paciência é o fator que representa, de maneira mais eficiente, o equilíbrio do homem que se candidata a qualquer mister. Fácil é o entusiasmo do primeiro impulso, comum é o desencanto da terceira hora. A paciência é a medida metódica e eficaz que ensina a produzir no momento exato a tarefa correta. Diante do que devemos fazer, não poucas vezes somos acionados pelos implementos da precipitação. Frente às tarefas acumuladas e aos problemas, indispensável façamos demorado exame e cuidada reflexão antes de apressar atitudes. Precipitação traduz desarmonia, perturbação, com agravante desconsideração ao tempo. A paciência significa autoconfiança. A pirâmide se ergueu bloco a bloco. As construções grandiosas resultaram da colocação de peça sobre peça. As gigantescas sequóias se desenvolveram célula a célula. O que hoje não consigas, perseverando com dignidade e paciência, lograrás amanhã. Paciência não quer dizer amolentamento, mas dinâmica eficiente e nobre de produzir diante dos deveres que nos competem desdobrar. Ao lado de alguém que nos subestima – paciência. Entre as dores que nos chegam – paciência. Ante o rebelde que nos atormenta – paciência. O tempo é mestre eficiente que a todos ensina, no momento próprio, com a lição exata plasmando o de que cada um necessita a benefício de si mesmo. Jesus, acompanhando e inspirando o progresso da Terra, pacientemente espera que o homem se volte para Ele, a fim de que, encarregado da nossa felicidade, possa dirigir-nos pelo caminho que leva a Deus. Em qualquer circunstância, pois, paz e paciência para o êxito do empreendimento encetado.
 
 Divaldo Pereira Franco / Joanna de Ângelis / Livro: Convites da Vida

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