10 agosto 2012

Paz Íntima



Autor: Victor Hugo (espírito)

“Para que uma conduta pacifista se estabeleça e 
predomine no homem, faz-se necessária uma 
vontade forte que promova a revolução interior, 
em violência contra si mesmo, através da revisão 
e reestruturação dos conceitos sobre a vida, 
assumindo uma posição de princípios definidos, 
sem titubeios nem ambigüidades escapistas.

Tomada essa conduta, a marcha se faz amena, 
porque o homem passa a considerar todos os 
sucessos do ponto de vista espiritual, isto é, da 
transitoriedade da existência corporal e da 
perenidade do Espírito.

Desse modo, muda a paisagem dos fenômenos 
humanos que, efeitos de causas profundas, 
devem ser examinados e corrigidos nas suas 
gêneses, antes que mediante a irrupção de novos 
incidentes, em razão das reações tomadas contra 
os mesmos.

Agir com lucidez ao invés de reagir pela força, é 
a conduta certa, porque procedente da razão, 
antes que decorrente do instinto-paixão 
dissolvente.

Não há outra alternativa para o ser inteligente, 
senão o uso da razão em todo momento e em 
qualquer ocorrência nas quais seja colhido.

A sua reação não pode ultrapassar o limite do 
equilíbrio, sustando o golpe que lhe foi desferido 
ou o amortecendo no algodão da misericórdia em 
favor de quem lho aplicou...

Mediante esse processo, ruem as barreiras da 
intolerância, e do ódio; acabam-se as distâncias 
impeditivas à fraternidade; apagam-se as 
mágoas; diluem-se os rancores, porque ninguém 
logra vencer aquele que a si próprio já se venceu.

Os ultrajes não o afetam; as agressões não o 
intimidam; a morte não o atemoriza, porque ele 
é livre, portador de uma liberdade que algema 
nenhuma escraviza ou aprisiona, nem cárcere 
algum limita...

É, portanto, imbatível, terminando por fazer-se 
amado, mártir dos ideais e das aspirações de 
todos. Pronto!”

Psicografia de Divaldo Franco. 
Livro Árdua Ascensão

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